Educação Ambiental é um dos caminhos para conservar a Amazônia.

Publicado por: Glícia Favacho



No dia em que se comemora o dia da Amazônia, 5 de setembro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), através do Programa de Educação Ambiental reforçou a importância da educação ambiental como uma ferramenta essencial no processo de ensino-aprendizagem, promovendo uma formação crítica e reflexiva sobre a preservação ambiental para os professores da rodovia Transamazônica (BR-230/PA), e rodovia Transcametá (BR-422/PA). A capacitação que aconteceu nas dependências da E.E.E.M. Rui Barbosa, em Tucuruí, abordou o tema: “Um Olhar sobre a Educação Ambiental”, com o objetivo de fortalecer a abordagem da educação ambiental no contexto escolar. Durante a capacitação, os professores foram apresentados a conteúdos atualizados sobre os desafios ambientais enfrentados na região amazônica e estratégias pedagógicas para abordá-los em sala de aula. Além de formas de integrar a temática ambiental de maneira transversal ao currículo, ampliando o alcance e a eficácia das ações educativas.

Em Vitória do Xingu, os docentes também receberam capacitação abordando o tema: “Biodiversidade do Xingu”. A temática escolhida se deu em torno das mudanças que a construção da ponte sobre o rio Xingu possibilitará, muitas positivas e outras consideradas negativas, principalmente em decorrência do processo de construção onde poderão ser observadas alterações na fauna e flora local. A equipe levou informações sobre ao Plano Básico Ambiental (PBA) da BR-230/PA, aprovado pelo IBAMA, que contempla ações executadas durante todas as etapas da construção e operação da ponte e de seus acessos. Ressaltou ainda a grande diversidade de espécies encontrada na região do Xingu tanto da fauna quanto da flora, sendo muito representativos para a biodiversidade nacional, além dos Programas executados pelo DNIT em prol da proteção da biodiversidade, como o Programa de Proteção à Fauna e o de proteção à Flora. Conhecer a fauna local não só inspira a proteção dos ecossistemas, mas também facilita a disseminação de conhecimento por meio de programas educativos e projetos de ciência cidadã.

A proposta de capacitar os professores amplia o debate sobre o meio ambiente e promove uma mudança de atitude nas novas gerações. O Brasil, que abriga 69% da área da Amazônia, desempenha um papel crucial na preservação ecológica, tanto em nível local quanto global, como mostra o levantamento do MAP Biomas. O país é responsável pelo armazenamento de cerca de um quinto de toda a água doce do planeta e tem uma função vital na regulação climática da América do Sul. No entanto, nos últimos anos vem enfrentar um desafio ambiental crescente. O estado do Pará, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), registrou o maior número de queimadas nas primeiras 48 horas de setembro, com os municípios de Altamira, Novo Progresso e São Félix do Xingu concentrando 63% dos focos de incêndio.

Diante dessa realidade, os docentes foram encorajados a debater questões globais e locais, destacando os impactos ambientais gerados por uma sociedade consumista e descartável, utilizando de maneira transversal e interdisciplinar a educação ambiental dentro da sala de aula e desafiando os professores a adotarem abordagens inovadoras e conectadas com a realidade dos alunos. Esse tipo de iniciativa reforça o papel essencial da educação ambiental para assegurar que as futuras gerações compreendam a importância de proteger a Amazônia, um tesouro natural que depende da ação coletiva e consciente de todos.